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Bahia é destaque na exportação de lagostas vivas através do Aeroporto de Porto Seguro

Bahia é o segundo maior exportador de lagosta do nordeste brasileiro, atrás apenas do Ceará. O território baiano exportou 745 toneladas do fruto do mar em 2017, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Na região da Costa do Descobrimento, o aeroporto de Porto Seguro, sob responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), vem contribuindo para o transporte internacional do produto para mercados como os Estados Unidos e a China. No último mês de setembro, mais uma empresa aérea passou a realizar a exportação de lagostas vivas saindo do extremo sul baiano.

Em Porto Seguro, a exportação do produto foi iniciada em dezembro do ano passado, com três operações no mês. Em 2019, a média de movimentações de carga passou para 12 mensais. O equipamento aeroviário foi o primeiro administrado pelo Governo da Bahia a receber a certificação como Terminal Internacional de Cargas, que possibilita a entrada e saída de produtos vindos de outros países. Em julho deste ano, a quantidade de lagostas vivas enviadas foi de aproximadamente 16 toneladas. No mês de setembro, a carga exportada aumentou para cerca de 20 toneladas. Um crescimento de mais de 22% em comparação aos meses de julho e agosto de 2019.

Dênisson de Oliveiradiretor de Terminais e Aeroportos do Estado.

Operado pela Sinart, concessionária também do Terminal Rodoviário de Salvador, o aeroporto de Porto Seguro passou por reformas, incluindo recuperação de pista de pouso e decolagem e do pátio de estacionamento de aeronaves, além de ampliação do balizamento noturno e reforma na seção contra incêndio. As intervenções facilitaram a obtenção da certificação para o transporte internacional de cargas. Anteriormente, era preciso sair da região de Alcobaça para Salvador ou Vitória, no Espírito Santo, gerando prejuízos para os produtores.

“A partir da certificação obtida para a movimentação de produtos para o exterior, o terminal da Costa do Descobrimento tem atraído cada vez mais empresas interessadas em fazer exportação de cargas, a exemplo do que acontece agora com os frutos do mar, e contribui no desenvolvimento econômico da região”, destaca Dênisson de Oliveira, diretor de Terminais e Aeroportos do Estado. O equipamento também recebe a importação de peças para fábricas de celulose na região.

No Aeroporto de Porto Seguro, a exportação de lagosta vivas  foi iniciada em dezembro do ano passado, com três operações no mês. Países como Estados Unidos e China se destacam como mercados importadores do fruto do mar.

O aeroporto de Porto Seguro é o segundo maior do estado e o terceiro maior do Nordeste em movimentação de passageiros e aeronaves. O município é um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil. Atualmente, recebe uma média de 1,8 milhão de passageiros por ano. Além de ser um ponto de desembarque e embarque de turistas, é o único equipamento aeroviário regional que opera com deslocamento nacional e internacional de cargas no estado.

“A exportação de lagosta é uma atividade econômica de extrema importância para a economia baiana, e as facilidades logísticas proporcionadas pelo Terminal Internacional de Cargas dão um diferencial competitivo ao estado. Hoje os pescadores e produtores baianos lucram cerca de R$ 120 milhões com a venda de lagostas no mercado externo, valor bastante significativo”, afirma o gerente de operações da Bahia Pesca, Antônio Laborda.

Transporte Nacional de Cargas

No estado, os aeroportos Jorge Amado, em Ilhéus, e o Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, realizam movimentação nacional de cargas. Em Ilhéus, são enviados produtos eletrônicos, peças para computadores, TVs e também frutas, a exemplo do mangostim, para Salvador, Belo Horizonte e São Paulo. Além disso, recebe produtos como vinhos e medicamentos. Em Vitória da Conquista, são transportados documentos, roupas, peças para carros com destino a São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.